Suburbana
Lúcio Alves
Olhando o céu me demoro
Num verso triste que eu choro
Ninguém vê o pranto meu
Há muita lágrima triste
Que em teu sorriso consiste
Como o poeta escreveu.
Minha linda suburbana
Por traz da veneziana
Vem sorrir nesta canção
Com teus lábios de doçura
Que é tâmara madura
Na flora do coração.
Zona norte da cidade
Residência da saudade
desde que foi teu cantor
O teu cantor comovido
Que sonha com teu vestido
Que morre por teu amor.
Olho as estrelas cansadas
Que são lágrimas doiradas
No lenço azul lá do céu
Estrelas são reticências
Estrelas são confidências
Do meu romance e do teu.
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